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É falso: OMS não reclassificou faixas etárias; no Brasil, idosos são pessoas a partir de 60 anos

Uma informação falsa voltou a circular nas redes sociais afirmando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) teria reclassificado as faixas etárias, considerando “idosos” apenas aqueles com 80 anos ou mais. No entanto, conforme apuração do Estadão Verifica, a OMS nunca realizou tal mudança, e no Brasil, a legislação vigente continua considerando idoso todo cidadão com 60 anos ou mais.

A mensagem enganosa, que circula desde 2020, traz a falsa informação de que a OMS teria alterado os conceitos de juventude e velhice devido ao aumento da expectativa de vida da população. Segundo o conteúdo viralizado, seriam considerados “jovens” aqueles entre 18 e 65 anos, “meia-idade” de 66 a 79 anos, “idosos” de 80 a 99 anos, e “idosos de longa vida” acima dos 100 anos. A imagem foi recentemente compartilhada novamente por uma usuária do Instagram, autodeclarada especialista em gerontologia, e que possui mais de 41 mil seguidores.

Contudo, a OMS informou que não houve qualquer reclassificação oficial sobre as faixas etárias. E mesmo que houvesse alguma mudança, ela não teria validade automática no Brasil. Como explica a jurista e produtora de conteúdo Cíntia Brunelli, cada país possui soberania para aceitar ou não as diretrizes internacionais. Ou seja, para que uma eventual nova definição passasse a valer, seria necessária uma alteração na legislação brasileira.

Atualmente, o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003) determina que são considerados idosos todos aqueles que tenham 60 anos ou mais. Portanto, qualquer informação diferente disso que circula nas redes sociais é incorreta.

Antes de compartilhar conteúdos nas redes, é sempre importante verificar a veracidade das informações em fontes confiáveis.

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