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Operação do MPMG combate organizações criminosas envolvidas com lavagem de dinheiro e jogo do bicho

Armas, incluindo fuzis, dinheiro e ouro foram apreendidos durante a operação conjunta dos Gaecos de Uberlândia e Uberaba. Pelo menos uma pessoa foi presa em flagrante na cidade de Araguari, no Triângulo Mineiro

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio dos Grupos Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Uberlândia e Uberaba, no Triângulo Mineiro, deflagrou na manhã desta sexta-feira, 26 de maio, a 2ª fase da Operação SETH voltada à apuração e repressão qualificada a organizações criminosas envolvidas com a prática de infrações penais graves, como integrar organização criminosa, explorar jogo do bicho e lavagem de capitais.

A operação conjunta está sendo executada simultaneamente nas cidades de Araguari e Uberaba e também na capital do Estado de São Paulo, ocasião em que estão sendo cumpridos 14 mandados judiciais de busca e apreensão em face dos investigados. O MPMG conta com o apoio das Polícias Militar de Minas Gerais, das Polícias Civis de Minas Gerais e de São Paulo e também do Gaeco de São Paulo.

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Conforme o Gaeco, uma pessoa foi presa em flagrante em Araguari. Vinte e quatro armas foram apreendidas, sendo 9 fuzis; elevada quantia em dinheiro (ainda não contabilizada), incluindo moeda estrangeira; máquinas de cartões de débito/crédito; um cordão e um anel de ouro; e uma barra de ouro (peso não informado).

A investigação concluiu pela existência de uma associação de pessoas devidamente organizadas e hierarquicamente estruturadas voltada a práticas criminosas em cidades do Triângulo Mineiro, contando com membros integrantes com endereços na cidade de São Paulo, voltada ao cometimento de, pelo menos, as seguintes infrações penais: integrar organização criminosa (artigo 2.º da Lei 12.850/13), exploração da loteria clandestina denominada jogo do bicho (artigo 58 do Decreto-Lei 3.688/1941) e lavagem de capitais (artigo 1º, caput e parágrafo 1º da Lei 9.613/98).

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As ações desencadeadas hoje envolvem a atuação efetiva de quatro promotores de Justiça de Minas Gerais, dois delegados de polícia Civil, sendo um do Estado de Minas Gerais e um de São Paulo, 40 policiais Civis dos Estados de Minas Gerais e São Paulo, 40 policiais Militares, além de servidores e colaboradores dos Ministérios Públicos mineiro e paulista.

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Quanto à denominação da operação, destaca-se que SETH, também referido como Set, seria o Deus Egípcio do caos, da guerra e da confusão, destacando conceitos negativos como o autoritarismo, a fúria, a crueldade, o tumulto, o sofrimento e a disputa.

Operação SETH 1ª fase
A mencionada operação deflagrada no ano passado se destinou a apurar e responsabilizar o duplo homicídio qualificado (um consumado e um tentado) ocorrido na cidade de Araguari, em 20 de abril de 2021, ocasião em que uma das vítimas foi alvejada por disparos de arma de fogo e veio a óbito, enquanto a outra vítima, seu genitor, também alvejado, sobreviveu, mesmo com a brutal ação dos criminosos. 

Na ocasião, um dos ofendidos encontrava-se no interior de um estabelecimento comercial situado na cidade de Araguari quando foi alvo da ação criminosa, oportunidade em que também fora ofendido seu genitor, proprietário do mercado.

Conforme o MPMG, os crimes foram cometidos de forma bárbara, praticados sem qualquer condição de defesa ou reação por parte das vítimas, sendo, ainda, a motivação torpe (artigo 121, parágrafo 2º, incisos I e IV, por 2 vezes, sendo um consumado e um tentado), haja vista que, conforme restou apurado à época, os crimes foram cometidos em razão de disputa por pontos de exploração de jogos de azar e do bicho entre duas associações criminosas distintas. As investigações da 1ª e 2ª fase da operação continuam em andamento perante o Ministério Público e o Gaeco, ambas sob sigilo.

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