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Timóteo reduz índice de focos das arboviroses, mas moradores precisam dar a sua parcela de contribuição

Como nos demais levantamentos, o LIRAa encerrado na semana que passou apontou o interior das residências como os principais focos do mosquito Aedes aegypti 

Recanto Verde, Vila dos Técnicos, Bairro dos Vieiras e Vale Verde foram as comunidades com os maiores índices individuais de focos do Aedes aegypti identificados durante a realização do segundo Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) do ano.  O LIRAa é uma metodologia que permite o conhecimento de forma rápida, por amostragem, do índice de infestação, da quantidade de imóveis com a presença de recipientes com larvas do mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela.

A notícia ruim é que muitos moradores ainda não se conscientizaram da importância de colaborar com a eliminação dos focos do mosquito. O morador deve reservar pelo menos 10 minutos por semana para inspecionar sua casa, fazer a retirada de recipientes com água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros como vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção e até mesmo tampas de garrafas. Caso essa colaboração ocorra o resultado seria outro.

A boa notícia é que o índice caiu em relação ao primeiro LIRAa realizado em Janeiro quando o percentual atingiu 5.4. No levantamento encerrado na semana que passou o percentual foi 3.4, o que não significa que a população deve relaxar com a prevenção e cuidados. 

“Os meses de janeiro e outubro são característicos do aumento dos índices em virtude do período das chuvas. Logo, nos demais períodos espera-se essa queda, ou seja, não foi diferente do esperado. É preciso cuidar ao longo do ano para que seja possível manter um índice sempre abaixo de 1%, que é o resultado de um cenário de baixo risco de infestação”, citou a gerente da Vigilância em Saúde de Timóteo, Ana Amélia Camilo Soares.

A maioria dos focos foi encontrado novamente no interior das residências.  

Os recipientes do Grupo B em depósitos móveis como vasos e frascos com água, pratos, garrafas retornáveis, pingadeiras, recipientes de gelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos, etc.), objetos religiosos e de rituais têm servido de reservatório para as larvas do Aedes aegypti. 

Para reforçar a conscientização e chamar a atenção dos moradores a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde, já iniciou ações do pós-LIRAa com a coleta de recipientes e campanha como uma caminhada realizada na terça-feira no Centro Norte. 

“Os moradores precisam entender sobre a responsabilidade de cada um em manter o quintal limpo. Não é preciso esperar os Agentes de Endemias em suas casas para recolher latas, garrafas pets dentre outras iniciativas que o próprio morador pode ter. A troca de ideias e a conversa no fim da tarde no portão com seu vizinho pode servir de alerta para os cuidados contra o mosquito. Se todos colaborarem conseguiremos reduzir as notificações de casos de dengue e os riscos das demais arboviroses em nossa cidade”, pontuou a gerente da Vigilância em Saúde de Timóteo.

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