Alçada à condição de prioridade na Câmara, a fixação de limite para os juros do cartão de crédito não é unanimidade entre os parlamentares. Dezoito deputados votaram na noite dessa segunda-feira (4) contra o pedido para acelerar a tramitação do projeto de lei (PL 2685/22) que trata do assunto. Apesar da resistência, outros 360 deputados votaram a favor do chamado regime de urgência, viabilizando a eventual aprovação da proposta já nesta terça-feira (5).
Votaram contra a imposição de limite de juros do cartão de crédito os três deputados do Novo, um do Podemos, um do Republicanos e outros 13 do PL, todos bastante ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Liberada para votar como bem entendesse, a maioria dos integrantes da oposição se posicionou junto com os governistas a favor da medida. O Novo foi a única bancada que se posicionou declaradamente contra a urgência na votação.
Veja a relação dos 18 deputados contrários à votação do PL 2685:
- Abilio Brunini (PL-MT)
- Adriana Ventura (Novo-SP)
- Bibo Nunes (PL-RS)
- Daniel Freitas (PL-SC)
- Delegado Ramagem (PL-RJ)
- Filipe Barros (PL-PR)
- Gilson Marques (Novo-SC)
- Gustavo Gayer (PL-GO)
- Julia Zanatta (PL-SC)
- Junio Amaral (PL-MG)
- Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP)
- Marcel van Hattem (Novo-RS)
- Marcio Alvino (PL-SP)
- Mauricio Marcon (Podemos-RS)
- Nikolas Ferreira (PL-MG)
- Ricardo Salles (PL-SP)
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
- Zucco (Republicanos-RS)
Além dos juros, foi incluída no relatório do deputado Alencar Santana (PT-SP) a Medida Provisória 1176/23, que cria o Desenrola, programa do governo federal de renegociação de dívidas.