Água parada é principal vilã no combate ao Aedes aegypti, que transmite dengue, chikungunya e zika
O combate à dengue, zika e chikungunya é uma tarefa diária e que envolve a união entre o poder público e a comunidade. No último sábado, 24/2, a Prefeitura de Coronel Fabriciano realizou o “Dia D de Combate às Arboviroses” com panfletagem na região central, orientação das medidas de prevenção às doenças e um chamado à população para reforçar os cuidados em casa na luta contra Aedes aegypti.
A ação marca o encerramento da “Força Tarefa” feita pelo município com o objetivo eliminar focos do mosquito e frear o avanço de casos das doenças no município.
Entre os dias 25 de janeiro à 22 de fevereiro, cerca de 200 profissionais da saúde verificaram imóveis em 41 bairros de Fabriciano, fizeram a aplicação de inseticida termonebulizador (fumacê) e tratamento de depósitos de água (caixa d’água, piscina e tambor); e recolheram mais de 500 toneladas de inservíveis – potenciais criadouros para o Aedes aegypti.
Após um mês da força tarefa, o número de casos semanais de dengue e chikungunya começaram a diminuir.
Entre os dias 11 e 17 de fevereiro, o município registrou 187 casos de dengue e 688 de cikungunya. Na semana que antecedeu a Força Tarefa, do dia 14 a 20 de janeiro, foram notificados 481 casos de dengue e 1.409 de chikungunya. O acumulado em 2024, são 1.989 casos de dengue e 5.846 de chikununya. Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Governança da Saúde/Gerência de Vigilância em Saúde.
O secretário de Governança da Saúde, Ricardo Cacau, comemora os resultados da força tarefa; mas destaca que os cuidados contra as arboviroses são diários.
“No momento do boom, adotamos a estratégia de unificar a saúde mais uma vez. Mais de 200 profissionais entre agentes de endemias e agentes comunitários de saúde, gerentes das unidades de saúde e toda a equipe da Vigilância foram para as ruas combater o mosquito e tentar vencer este momento de epidemia. Foram feitas várias ações e, com o apoio da população, conseguimos reduzir os índices de infestação e de casos. Mas o trabalho continua”, argumenta Cacau.
A Força Tarefa encabeçada pela Saúde também teve o apoio de equipes das secretarias de Governança de Obras e Serviços Urbanos (Limpeza Urbana), e de Planejamento, Meio Ambiente e Habitação (Fiscalização e Posturas). O mutirão cobriu a maior parte da cidade, sendo priorizados os bairros e locais com maiores índices de infestação do mosquito e casos da doença.
PREVENÇÃO CONTÍNUA
O Vale do Aço é uma região endêmica para arboviroses. Por isso, em Fabriciano, o trabalho de prevenção acontece durante o ano todo, com reforço das ações no período de chuvas e calor. A gerente de Vigilância em Saúde, Vânia Tavares, explica que desde outubro o município atua em ritmo de mutirão; mas com o aumento de casos no início do ano, houve a necessidade de ampliar as ações com a força tarefa.
“Ação foi muito válida. Conseguimos reduzir bastante os índices de infestação e de casos. Antes do carnaval, tínhamos uma média de 900 casos semanais e conseguimos reduzir para 500”, avalia Vânia Tavares.
“Passamos em praticamente todos os bairros. As residências e bairros que, por ventura, não foram visitados serão contemplados pelos agentes de endemias. Mas é importante destacar que o papel dos agentes é fazer o tratamento de uma caixa d’água, piscina, por exemplo. Mas o dia-a-dia, em nossa casa, é responsabilidade nossa. E todos precisam fazer a limpeza, tirar 10 minutos para verificar se tem água parada. Conclamamos a população, pois só o poder público não vai conseguir deter o mosquito”, conclui a gerente de Vigilância em Saúde de Fabriciano.
CUIDADOS
A melhor forma de prevenir a dengue, chikungunya e zika é evitar o acúmulo de água parada, onde o mosquito transmissor se prolifera. Por isso, alguns cuidados devem fazer parte da rotina de todo cidadão como: higienizar a vasilha de água de animais domésticos; retirar água acumulada de plantas; destinar corretamente materiais descartados (copos, latas, garrafas, potes etc); limpar o quintal, fechar o saco plástico de lixo; fazer a manutenção de água de piscinas em condições de uso entre outros.
TODOS CONTRA A ARBOVIROSES
A população também pode, e deve, fazer parte desta Força Tarefa contra o mosquito. Uma das formas de colaborar, e denunciar quem deixa acumular água em sua casa; lotes vagos, sujos e com focos e o morador que não abre a sua casa para ser vistoriada pelos agentes de endemias e os agentes comunitários de saúde.
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