Na segunda-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi transferido às pressas para São Paulo, onde passou por uma cirurgia de emergência no hospital Sírio-Libanês para drenar um hematoma cerebral. A condição foi causada por uma hemorragia decorrente de uma queda sofrida por Lula em outubro, quando ele bateu a nuca no banheiro de sua residência oficial e precisou levar cinco pontos.
Nos últimos dias, Lula começou a sentir fortes dores de cabeça, o que o levou a procurar ajuda médica. Após exames, foi identificado um sangramento entre o cérebro e a membrana meníngea, o que exigiu uma intervenção urgente. Nesta terça-feira (10), o hospital Sírio-Libanês confirmou que o presidente foi submetido a um procedimento chamado trepanação, uma cirurgia para aliviar a pressão causada pelo sangramento no cérebro.
Detalhes da Hemorragia e da Cirurgia
Segundo a equipe médica, a hemorragia intracraniana de Lula tinha cerca de três centímetros e estava localizada acima do lóbulo frontal, do lado esquerdo do cérebro. O hematoma, formado após o impacto da queda em outubro, aumentou progressivamente, apesar de não ter sido detectado de imediato. Especialistas explicam que esse tipo de sangramento pode se desenvolver lentamente, como uma “torneira que ficou um tempo gotejando”, como descreveu o neurologista Felipe Barros, da Clínica DFV Neuro.
O hematoma cerebral pode ser classificado de diferentes formas, dependendo da localização do sangramento: epidural, subdural, subaracnoide ou intraparenquimal. No caso de Lula, o tipo exato de hematoma ainda não foi divulgado pela equipe médica.
Recuperação e Prognóstico
Lula se encontra na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em observação, enquanto os médicos monitoram sua recuperação. O procedimento realizado é considerado de alta complexidade, mas a equipe médica está otimista quanto à evolução do quadro clínico do presidente.
O governo ainda não informou sobre possíveis alterações na agenda presidencial ou a nomeação de substitutos temporários enquanto Lula segue em recuperação.
A cirurgia e o tratamento pós-operatório serão fundamentais para garantir a total recuperação do presidente, enquanto o país aguarda por mais informações sobre sua saúde.