Reajuste da tarifa da Sabesp acende alerta sobre futuro da água privatizada

Reajuste da Sabesp alerta Minas sobre privatização da Copasa soaquinoticias

Minas caminha na mesma direção com Copasa

O estado de São Paulo terá um reajuste de 6,11% na tarifa da Sabesp a partir de 1º de janeiro de 2026. O aumento, anunciado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado (Arsesp) nesta segunda-feira (1º), corresponde à correção inflacionária acumulada nos últimos 16 meses período definido após a privatização da companhia de saneamento básico paulista.

O reajuste reacende o debate sobre os impactos da privatização em serviços essenciais, sobretudo porque, antes da venda da empresa, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) havia declarado publicamente que a tarifa não aumentaria para a população. Com a correção anunciada, consumidores já começam a sentir os primeiros reflexos do novo modelo de gestão.

Minas Gerais segue o mesmo caminho
Enquanto São Paulo vive os primeiros efeitos da privatização, Minas Gerais avança em direção semelhante. Em sessão realizada também nesta terça-feira (2), a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, em 1º turno, o Projeto de Lei 4.380/25, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), que autoriza a privatização da Copasa, responsável pelo abastecimento de água e saneamento em grande parte do estado.
A votação foi marcada por protestos nas galerias e forte oposição de parte dos deputados. Mesmo assim, o texto passou com 50 votos favoráveis e 17 contrários, evidenciando a divisão política e social sobre o tema.

Com a aprovação em 1º turno, Minas Gerais se aproxima do mesmo cenário vivido em São Paulo: a possibilidade de que, após a privatização, tarifas venham a ser reajustadas com maior frequência ou intensidade, impactando diretamente o bolso da população mineira.

Debate reacende preocupação sobre tarifas futuras
Especialistas e deputados contrários ao projeto de Zema afirmam que o caso da Sabesp serve como alerta para o que pode ocorrer em Minas nos próximos anos. O temor é que a lógica de mercado prevaleça sobre o caráter social do serviço, e que aumentos tarifários mesmo sob justificativa inflacionária passem a ser mais comuns em um setor que atinge diretamente a vida da população.

Enquanto isso, consumidores mineiros acompanham atentamente o desfecho do processo da Copasa, observando em São Paulo um possível retrato antecipado do futuro da água em Minas Gerais.

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