O Atlético-MG enfrenta uma das fases mais críticas do seu ataque nos últimos anos: neste momento, o time não registra nenhum gol marcado por um atacante nos últimos 12 jogos oficiais. O último tento dos homens de frente foi no dia 14 de agosto, na vitória por 2 a 1 sobre o Godoy Cruz, pela Copa Sul-Americana, quando Hulk e Tomás Cuello balançaram as redes na Arena MRV. Desde então, nenhum jogador do setor ofensivo conseguiu marcar, expondo uma sensível deficiência na finalização das jogadas.
Dentro do elenco, a situação individual de cada atacante é preocupante: Hulk, capitão e maior artilheiro do time na temporada, não marca desde aquele 14 de agosto. Rony, outra peça importante, está sem converter desde 1º de junho, quando havia feito gol na vitória sobre o Ceará. Júnior Santos, também lesionado, marca pela última vez em junho. Tomás Cuello, outro nome que somava gols, está fora dos gramados por lesão. Novos reforços como João Marcelo, Biel e Dudu ainda não conseguiram estrear no marcador pelo clube.
O técnico Jorge Sampaoli já havia reconhecido a fragilidade ofensiva após a derrota para o Botafogo. O treinador afirmou que é preciso evolução no setor para aumentar as chances de vitória nos jogos em que o time domina. Mesmo com boa posse de bola e volume de jogo, o Galo tem encontrado dificuldades para converter chances em gols, ficando vulnerável principalmente quando precisa desequilibrar jogos marcados por empates ou quando está em desvantagem no placar.
A situação se torna ainda mais delicada quando se observa o histórico recente do clube em outras competições. No Campeonato Mineiro, por exemplo, o Atlético foi campeão após apresentar o melhor ataque do torneio, com Hulk como artilheiro e boa performance geral do elenco. No Brasileirão, no entanto, a história é diferente. O time tem oscilado na Série A e, em outras competições, como Copa do Brasil e Sul-Americana, o desperdício de chances tem sido decisivo para eliminações ou jogos difíceis.
A torcida, acostumada a ver times fortes e objetivos, cobra reações rápidas. O mercado das atenções recai sobre possíveis reforços para o ataque, já que o elenco atual, mesmo com nomes experientes, tem apresentado baixa produtividade. O clube já foi sondar o chileno Diego Valdés, e outras movimentações podem ser esperadas para tentar reverter essa situação.
O momento exige não só ajuste tático, mas também reposição de confiança nos atacantes. O Atlético já mostrou que tem um meio-campo criativo, com Scarpa, Cuello e Bernard oferecendo muitas assistências durante a temporada. Porém, se a bola não chega com eficiência no ataque ou se os finalizadores perdem chances claras, o caminho natural é o empate ou a derrota.
A retomada do fator decisivo no ataque pode ser a chave para o Atlético voltar a brigar pelo topo das tabelas. Enquanto isso, o torcedor espera ver, nos próximos jogos, o tão sonhado gol dos atacantes, o primeiro passo para recuperar o brilho do Galo dentro de campo.