Com o número de casos notificados de dengue acima do normal para essa época do ano, a Secretaria de Estado de Saúde tem recomendado aos municípios e à população que reforcem os cuidados contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
O período mais chuvoso na maior parte do país costuma ocorrer entre novembro e maio quando é registrado um aumento significativo nas notificações de casos de arboviroses, principalmente a dengue. Para avançar com as ações de combate ao mosquito que também transmite Zika e Chikungunya, a participação da sociedade na eliminação dos focos do mosquito em ambientes domésticos é fundamental.
Em Timóteo, a situação não é muito diferente do restante do país. Somente no mês de novembro – até o dia 27 de novembro, foram 984 notificações de dengue, o que tem sobrecarregado a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Geraldo dos Reis Ribeiro, no bairro Primavera. Somente na semana de 20 a 27 de novembro foram 395 notificações, um número bem alto se comparado com todo o mês de outubro quando foram 281 registros.
Reforço
Esses números dão a real dimensão para o problema. Com isso a direção da UPA de Timóteo tem reforçado as equipes para dar conta da elevação do atendimento desses casos. Diariamente a unidade conta com um médico extra, bem como a equipe assistencial tem sido ampliada periodicamente.
A direção da UPA está atenta e monitorando esse aumento para colocar profissionais a mais e assim atender a demanda. “A nossa prioridade sempre será a saúde da população e a qualidade do serviço prestado na UPA”, citou o diretor da unidade Belmiro Costa.
Isso, no entanto, não tira a responsabilidade dos moradores em vistoriar o seu imóvel diariamente para não deixar água parada. Em caso de lotes ou imóveis vagos o morador vizinho pode denunciar de forma anônima no 3847-7612.
UBS´s: primeiro atendimento
A colaboração dos cidadãos para que sigam o protocolo de atendimento, em casos com suspeita de dengue, também é muito importante. Assim, eles devem buscar em primeiro lugar o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e não na UPA.
Nas UBSs as pessoas com suspeita receberão a assistência adequada. Grande parte da população está se dirigindo diretamente para UPA sem ter a confirmação do diagnóstico de dengue, provocando uma sobrecarga nos atendimentos. Com isso, a UPA acaba atrasando a abordagem dos casos de classificação de risco e levando transtorno aos demais usuários.