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Bolsonaro e mais sete se tornam réus no STF por tentativa de golpe de Estado

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (26), tornar réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados sob acusação de tentativa de golpe de Estado, além de outros quatro crimes. A decisão veio após uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 18 de fevereiro, que dividiu os investigados em cinco grupos distintos para facilitar o julgamento.

Os acusados

O grupo de Bolsonaro foi classificado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, como “núcleo crucial” do suposto esquema. Ele é composto por ex-ministros e militares que integraram o governo do ex-presidente:

  • Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Almir Garnier – almirante e ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
  • Alexandre Ramagem – deputado federal e ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto – ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, e candidato à vice-presidência na chapa de Bolsonaro em 2022.

Acusações e possíveis penas

O grupo é acusado de cinco crimes:

  • Organização criminosa armada;
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado ao patrimônio da União;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Se condenados, as penas somadas podem chegar a 43 anos e 4 meses de prisão.

Próximos passos

Com a aceitação da denúncia, inicia-se o trâmite da ação penal. O processo segue as seguintes etapas:

  1. Audiências de instrução e julgamento: coleta de provas testemunhais, periciais e documentais, além do depoimento de testemunhas de acusação e defesa.
  2. Alegações finais: as defesas dos réus apresentarão seus argumentos contra as provas da PGR e tentarão demonstrar a inocência de seus clientes.
  3. Julgamento: o STF definirá se os acusados serão ou não condenados. Caso haja condenação, ainda será possível recorrer da decisão.

O caso segue tramitando na Primeira Turma do STF, e novos desdobramentos devem ocorrer nos próximos meses.

FONTE: OTEMPO

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