Um relatório da Polícia Federal (PF) revelou um plano detalhado e assustador elaborado por militares das Forças Especiais do Exército para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação, chamada “Punhal Verde Amarelo”, incluía o uso de carros da corporação para monitorar o ministro e tinha como objetivo também assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, antes da posse de ambos, em 2022. O plano tinha como propósito consolidar um golpe de Estado.
Os militares envolvidos, conhecidos como “kids pretos”, planejavam o sequestro e a execução de Moraes, utilizando envenenamento, armas de fogo ou explosivos. A operação estava marcada para 15 de dezembro de 2022 e visava atingir o “centro de gravidade”, termo usado no documento para se referir a Moraes, considerado um obstáculo à realização do golpe.
Detalhes do Plano “Punhal Verde Amarelo”
A operação contava com uma estrutura de comunicação complexa e anônima, usando celulares descartáveis registrados em nomes de terceiros para dificultar o rastreamento. Além disso, o grupo planejava utilizar um arsenal pesado, incluindo pistolas, fuzis, metralhadoras e até um lança-rojão.
Os militares envolvidos realizaram um extenso reconhecimento dos trajetos e horários do ministro em Brasília, mencionando o Eixo Monumental e a L4 Sul como possíveis rotas de sua rotina. Também foi levantada a possibilidade de executar o plano em um evento oficial público, usando veneno ou explosivos para atacar Moraes e sua equipe de segurança.
Objetivos e Justificativas
O plano previa “baixas aceitáveis”, ou seja, os militares aceitavam a morte de Moraes, sua equipe de segurança e até dos próprios militares envolvidos na operação, caso fosse necessário. Segundo o relatório da PF, os investigados consideravam a neutralização de Moraes fundamental para garantir o sucesso do golpe de Estado planejado.
Repercussões
A descoberta do plano gerou grande preocupação nas esferas governamentais e jurídicas, ressaltando o nível de ameaça que o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Lula e o vice Alckmin enfrentaram no período pós-eleitoral. A investigação da PF trouxe à tona o alto grau de organização e os recursos militares envolvidos, o que reflete uma tentativa grave de subverter a ordem democrática no país.
A operação “Punhal Verde Amarelo” foi frustrada pela rápida atuação das forças de segurança e pelas investigações que culminaram na prisão de alguns dos envolvidos, evitando que o plano fosse executado.
fonte: OTEMPO.COM