Em uma decisão sem precedentes, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Timóteo (Cefet-Timóteo) suspendeu suas atividades por tempo indeterminado1. A medida, que afeta tanto os cursos técnicos de nível médio quanto os de graduação em todos os campi da instituição, foi aprovada pelo Conselho Diretor da Cefet-MG1.
A greve dos docentes do Cefet começou no dia 15 de abril, após uma assembleia multicampi aprovar a adesão à greve da Educação1. Os técnicos-administrativos, por outro lado, estão em greve desde 11 de março1.
A suspensão das aulas foi decidida após uma avaliação do impacto da greve em cada unidade, realizada pelo Conselho Diretor do instituto em conjunto com os diretores dos campi1. Um dos principais motivos para a suspensão, segundo a diretoria estadual, é minimizar o prejuízo para os estudantes1.
As reivindicações dos grevistas incluem a recomposição do orçamento das Instituições Federais de Ensino (IFE) para que possam cumprir sua função social, a recomposição da perda salarial de 39,92% acumulada entre julho de 2010 e dezembro de 2023, a equiparação de benefícios aos praticados no Legislativo e Judiciário, e a valorização e reestruturação das carreiras do magistério federal1.
O movimento grevista, que envolve Universidades Federais, Cefets e Institutos Federais, é considerado o maior desde 20161. Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), 21 universidades federais estão em greve e oito com indicativo de paralisação1.
A diretoria do Cefet-MG Timóteo garante que está acompanhando os desdobramentos da manifestação dos servidores docentes e técnico-administrativos, e que ambos os movimentos grevistas estão inseridos em um contexto nacional1.
