Walace, contratado pelo Cruzeiro por cerca de 42 milhões de reais em junho do ano passado, transformou-se em uma das maiores decepções recentes do clube. Apesar da expectativa inicial, baseadas em sua boa fase no futebol italiano, o volante acabou perdendo espaço com o técnico Leonardo Jardim e está perto de completar um mês sem participar de jogos, acumulando pouco mais de 100 minutos jogados desde a Copa do Mundo de Clubes. Sua última aparição em campo foi em setembro, quando entrou nos minutos finais do clássico contra o Atlético-MG, totalizando apenas sete minutos de jogo nessa partida.
O volante, que chegou com grande peso financeiro e esperança para reforçar o meio-campo da equipe, viu outros jogadores como Christian, Ryan Guilherme — recém-contratado com contrato até 2029 —, Lucas Silva e Eduardo ganharem preferência e espaço nas escalações. Mesmo em momentos em que o Cruzeiro enfrentava problemas no meio-campo, Walace não foi acionado, ficando no banco e atrás de alternativas consideradas mais confiáveis ou alinhadas à estratégia da comissão técnica.
A ascensão de Ryan Guilherme é um exemplo claro da mudança na hierarquia do elenco, deixando Walace numa posição marginal, muito distante das expectativas criadas na sua contratação milionária. Ao longo da temporada, o volante participou de 18 partidas somando 775 minutos, com destaque para o fato de que seu desempenho e participação têm sido insuficientes para garantir continuidade no time, o que indica que ele provavelmente será negociado ou trocado ao final do ano.
Esse cenário deixa claro os desafios e riscos envolvidos em grandes investimentos no futebol sem a garantia de adaptação e rendimento imediato. Para o Cruzeiro, é uma lição importante sobre gestão e seleção técnica, além da necessidade de buscar reforços que se adequem melhor ao estilo de jogo e à rotina do clube, para evitar desperdício de recursos e prejuízos à performance coletiva.
