Com uma filosofia de jogo em construção, o Cruzeiro aposta em alguns pilares para que 2022 seja o seu último ano na Série B. O Cruzeiro inicia o torneio nesta sexta-feira, contra o Bahia, às 21h30 (de Brasília). A aposta é em uma receita inexistente nos dois anos anteriores: salários em dia e organização, mesmo não tendo os maiores investimentos entre os 20 participantes.
– Hoje o clube tem orçamento médio de Série B. Hoje, a gente identifica o clube no meio da tabela, quando você avalia a capacidade financeira, de gastar mais com salários. Mas a gente acredita que, com a qualidade de trabalho, levando em consideração a responsabilidade com gastos do clube, isso sim pode fazer com que a gente consiga recuperar um gigante e fazer com que a gente consiga estar no topo da tabela, mesmo com a dificuldade financeira.
“Você olha para folha de investimento e vê que tem alguns clubes gastando de maneira considerável e algumas equipes com folha de Série A. Mas Série B é uma competição que sempre surpreende. É uma competição bem difícil. Quem entender a competição e montar um elenco qualificado, vai conseguir o acesso”
A organização veio com a gestão de Ronaldo Fenômeno. O clube enxugou a folha salarial, ainda tendo como meta de gastar R$ 35 milhões anuais, e está reestruturando a parte organizacional, trazendo profissionais gabaritados no mercado. Efeito que o clube aplicou desde o início da gestão e que quer colher agora na Série B.
“A principal premissa do projeto é arcar com nossas responsabilidades. Uma delas é pagar em dia. É condição básica para qualquer plano de negócio.”
– Hoje, o Cruzeiro tem profissionais extremamente competentes e sabe que, mesmo com as restrições financeiras, estamos pensando grande, no médio, longo prazo, pensando nos objetivos desportivos. Tem muita gente que vem apostando neste projeto – aponta Pedro Martins.