Uma família do interior de São Paulo, que prefere manter o anonimato, revelou ao Metrópoles estar envolvida em um sério vício em apostas on-line, especialmente no famoso Jogo do Tigrinho. Este hábito já resultou em sérios impactos, incluindo quatro casos de suicídio apenas este ano, ligados diretamente ao vício.
Para os membros dessa família, o jogo se tornou uma forma de entretenimento habitual. “Acaba sendo um divertimento. Vira e mexe tem uns ganhos bons. Qualquer dinheirinho que sobra, [a gente] está lá fazendo aposta. A gente perde, mas de vez em quando ganha”, compartilhou um dos integrantes.
Apesar da visão de que o hábito não constitui um vício severo devido ao controle nos gastos, a realidade é preocupante. “Mas ninguém é viciado [de gastar milhares de reais]. O pessoal aqui joga com pouquinho”, afirmou um dos apostadores. No entanto, ao reconhecer a natureza do comportamento, admitiu: “Mas não deixa de ser um vício né? Ai que horror”.
Os jogos que simulam cassinos on-line, como o Jogo do Tigrinho, são populares no Brasil, apesar de serem ilegais de acordo com a Lei de Contravenções Penais. Este jogo específico, conhecido por suas promessas de ganhos fabulosos, simula um caça-níquel virtual, atraindo um número significativo de brasileiros para suas plataformas.
A situação evidencia um dilema crescente entre as autoridades brasileiras e a necessidade urgente de regulamentação e conscientização sobre os perigos do jogo excessivo, especialmente em ambientes on-line não regulamentados.