Diagnósticos positivos passaram de 11.490 (22/01) para 23.389 (29/01)
Os diagnósticos positivos de dengue tiveram aumento de 103% em uma semana em Minas Gerais. É o que indica o Boletim Epidemiológico de Arboviroses Urbanas divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta segunda-feira (29 de janeiro). O Estado já registrou uma morte em decorrência da doença.
Os casos confirmados passaram de 11.490 (22/01) para 23.389 (29/01) — alta de 103%. Agora, são 64.724 diagnósticos prováveis, uma morte confirmada e 35 em investigação. Belo Horizonte é a cidade com mais pessoas positivadas para a dengue: 6.182. Itabira, localizada na região do Vale do Aço, vem na sequência com 3.182.
Minas Gerais decretou situação de emergência devido ao aumento dos casos de dengue e chikungunya. A determinação, assinada pelo governador Romeu Zema (Novo), foi publicada no Diário Oficial do Estado no último sábado (27 de janeiro).
Com a determinação, o Governo de Minas pode acelerar os processos para a aquisição de insumos e materiais para o tratamento médico dos pacientes. O decreto prevê, inclusive, a possibilidade de dispensa de licitação. A situação de emergência é válida pelo período de 180 dias.
Vacina
O Ministério da Saúde informou esta semana que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. As cidades compõem 37 regiões de saúde que são consideradas endêmicas para a doença.
As regiões selecionadas atendem a três critérios: são formadas por municípios de grande porte com mais de 100 mil habitantes; registram alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e têm maior predominância do sorotipo DENV-2. Conforme a lista, 16 estados, incluindo Minas Gerais, e o Distrito Federal têm cidades que preenchem os requisitos.
O Ministério da Saúde confirmou ainda que serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, uma das faixas etárias que concentram maior número de hospitalizações por dengue. Os números mostram que, de janeiro de 2019 a novembro de 2023, o grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações, atrás apenas dos idosos, grupo para o qual a vacina não foi autorizada.