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Minas tem segundo caso suspeito de raiva humana; vítimas são de aldeia indígena

Estado montou uma força-tarefa e está capturando morcegos da região, além de levando cães e gatos para vacinação antirrábica

Depois de confirmar que um adolescente morreu com suspeita de raiva humana em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou nesta quinta-feira (7) que um segundo caso da doença está sendo investigado. Mas, desta vez, a vítima não faleceu e está internada.

Desde 2013 o Estado não tem registro da enfermidade. O vírus preocupa e acende o alerta máximo por ser classificado como mortal. Geralmente, 100% das pessoas infectadas perdem a vida.

Os dois casos que estão em apuração ocorreram em uma tribo indígena localizada em Bertópolis, município localizado na região do Vale do Mucuri. A última notificação é de uma adolescente de aproximadamente 12 anos. De acordo com a SES, “o quadro de saúde da paciente é considerado estável, apresentando melhoras”.

Já o menino, também de 12 anos, morreu no último dia 3, depois de ser mordido por um morcego. As autoridades de saúde de Minas foram notificadas sobre os casos nos dias 4 e 5. “Importante esclarecer que ambos os casos se encontram em investigação, ou seja, ainda não estão confirmados por exames laboratoriais”, frisou a SES.

As amostras biológicas dos dois pacientes foram coletadas e encaminhadas para laboratórios de referência em Belo Horizonte. A pasta não informou quando os laudos devem ser concluídos. “Não há casos confirmados de raiva humana no Estado”, destacou. Em Minas, a última morte de raiva humana foi em 2012, e aconteceu em Rio Casca.

Força-tarefa
Mesmo sem o diagnóstico concluído, a SES notificou os dois casos suspeitos ao Ministério da Saúde. Além disso, está fazendo a busca ativa de pessoas que tiveram contato com os adolescentes e encaminhando para atendimento médico profilático.

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) também foi acionado, e está ajudando a SES a executar ações de captura e manejo de morcegos. Além disso, cães e gatos da região estão sendo levados para vacinação antirrábica. No total, 100 doses foram disponibilizadas para a região.

“A SES informa que o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realiza investigação epidemiológica na região, para verificar espoliações de morcegos em animais de produção, presença ou relato de mortes de animais com sinais clínicos neurológicos, bem como informações sobre a realização de vacinação antirrábica. Foram realizados contatos com produtores rurais, informando sobre as formas de prevenção da raiva dos herbívoros”, explicou.

  • Confira abaixo todas as medidas que estão sendo seguidas:
  • Notificação do caso suspeito ao Ministério da Saúde;
  • Orientação quanto a coleta de amostras biológicas;
  • Solicitação de envio de relatório de investigação preliminar;
  • Investigação na localidade de ocorrência da exposição com busca ativa de pessoas que tiveram contato com o caso suspeito e encaminhamento para atendimento médico profilático;
  • Contato com o Instituto Mineiro de Agropecuária para ações cabíveis;
  • Vacinação antirrábica de cães e gatos da localidade – bloqueio focal;
  • Divulgação do caso na região com objetivo de alertar as pessoas sobre as formas de transmissão e prevenção da raiva.

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