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Ônibus da Saritur de Fabriciano passarão a rodar sem cobrador, denunciam funcionários

A informação foi enviada como forma de apelo, em razão do receio de muitos empregados em relação à prática

A administração municipal informou que, caso a hipótese ocorra, o município conta com os meios para fiscalizar


Funcionários da Saritur em Coronel Fabriciano denunciaram ao Diário do Aço que, a partir deste domingo (7), as linhas do Recanto Verde e Córrego Alto começarão a rodar sem cobrador. A informação foi enviada como forma de apelo, em razão do receio de muitos empregados em relação à prática, considerada perigosa, em razão do trânsito e do fluxo de passageiros. Outro temor é em relação ao desligamento de pessoal, uma vez que o motorista assumirá a função do trocador.

A situação tem sido divulgada pelo Diário do Aço há algum tempo. Fatos isolados em Fabriciano, em algumas linhas, chegaram a ocorrer meses atrás. A Saritur chegou a informar que, conforme acordado com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Coronel Fabriciano (Sinttrocel), o motorista receberia um adicional de 20% para cobrar as passagens.

“A economia gerada pela retirada do cobrador vai diretamente para o usuário. Este valor é excluído da planilha de custos, gerando economia no valor final da passagem”, destacou, no mês de junho. Procurada na tarde de sexta-feira (5), a assessoria da Saritur não retornou quanto ao caso denunciado e que passaria a vigorar neste domingo.


Insegurança
No mês de julho, trabalhadores do transporte urbano do Vale do Aço enviaram registros da instalação de gavetas, ao lado do assento do motorista, em ônibus da Saritur. A reportagem foi procurada por cobradores que trabalham na cidade, que relataram a sensação de insegurança.

“As gavetas começaram a chegar. Estão sendo instaladas. Temos um sentimento de insegurança sobre nosso emprego. A empresa se reuniu com os motoristas de Fabriciano, falando sobre eles cobrarem passagem, e com os cobradores não falaram nada. Apenas queríamos que o prefeito e os vereadores cobrassem da empresa a lei que garante a presença do cobrador no ônibus”, pediu um dos funcionários.

Poder público
A reportagem também procurou a assessoria da Prefeitura de Coronel Fabriciano, que informou, por meio da Secretaria de Governança de Obras e Serviços Urbanos, que só pode se manifestar e tomar providências em cima de fato concreto.

“Destaca ainda que não recebeu qualquer comunicado, por parte da empresa, sobre o assunto. No entanto, esclarece que a legislação municipal vigente prevê a obrigatoriedade da presença do cobrador nos veículos de transporte coletivo de passageiros”, salienta a nota do governo.

A assessoria aponta que, no artigo 4, da Lei Municipal 3.805/2013, que instituiu o sistema de bilhetagem eletrônica, diz que “cada veículo destinado ao transporte coletivo de passageiros, ônibus e micro-ônibus, será operado, em todo seu itinerário, no mínimo, por um motorista e um cobrador, ou profissional com função equivalente, ficando vedada às empresas concessionárias do serviço de transporte coletivo a demissão desses profissionais em razão da implantação da bilhetagem eletrônica, sob pena da perda da concessão e multa de 5.000 UPF’s Municipal pela demissão do trocador”, prevê.

“Caso a hipótese ocorra, o município conta com os meios para fiscalizar e tomar as medidas cabíveis em conformidade com a legislação municipal”, assegura a administração municipal.

Por sua vez, o Sinttrocel destacou que ainda não foi comunicado sobre a situação.

Fonte: Diário do Aço

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