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Para Além dos Muros da Cidade

Projeto de intervenções artísticas revigora espaços urbanos em Timóteo

A Secretária Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer está desenvolvendo o projeto “Para Além dos Muros da Cidade: Educação, Cultura, Arte e Urbanidade” em espaços e equipamentos públicos de Timóteo, sob a gestão da Subsecretaria de Cultura, Esporte e Lazer. As Intervenções são manifestações organizadas por artista ou grupos deles com o propósito de ressignificar o espaço urbano, além de transmitir mensagens das mais diversas temáticas, por vezes carregando a intencionalidade de questionar e transformar a vida urbana cotidiana. Para o indivíduo, os benefícios de intervenções artísticas públicas em determinada área podem ser vistos na saúde, no desenvolvimento cognitivo e psicológico e nos laços interpessoais. Já para a comunidade, a arte pública promove o desenvolvimento cultural, social e, inclusive, econômico, pois estimula a maior ocupação dos espaços. 

O projeto começou a ser implementado em março, com intervenções artísticas nos muros da Escola Clarindo Carlos Miranda, no bairro Macuco, beneficiando toda comunidade escolar e sociedade local. Os painéis artísticos foram produzidos pela artista timoteense Elisa Bara. 

“Para Além dos Muros da Cidade”, atualmente, está sendo desenvolvido na nova sede da Creche Caminho da Esperança, no bairro Timotinho, com intervenções também de Bara. Posteriormente, o projeto atenderá a praça localizada próximo à UBS do Bairro Ana Rita e, em seguida a Praça do Bairro Nova Esperança. A previsão é de que essas primeiras intervenções sejam finalizadas até o mês de maio. 

Novos espaços a serem contemplados já estão sob avaliação da Subsecretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, podendo outros interessados em receberem o projeto formalizarem seu pedido junto ao órgão gestor do projeto. Segundo o Secretário Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer e vice-prefeito, José Vespasiano, o Professor Vespa, está previsto no termo de parceria, até ao final de 2024, estimativa de mil metros de muros, paredões em outros espaços e equipamentos, alcançando todas as regionais da cidade.

“A intervenção lança no espaço público questões que provocam discussões em toda a população. De uma maneira ou de outra, ela faz com que as pessoas parem sua rotina por alguns minutos, seja para questionar, criticar ou simplesmente contemplar a arte. Sua finalidade é provocar o público para questões políticas, sociais, ideológicas e estéticas”, argumenta o Subsecretário de Cultura, Esporte e Lazer, Professor Cláudio Gualbertto.

O projeto é desenvolvido em parceria com o Instituto Amarelo, organização da sociedade civil (OSC), selecionada por chamamento público regulamentado pelo Marco Regulatório do Terceiro Setor (Lei 13.019/2024) e tem duração até ao final de 2024. Para a criação do projeto intervencional, a ser previamente aprovado pela Administração Municipal e a consequente execução, a OSC, além da contratação de quadros técnicos liderados pela artista timoteense, Elisa Bara, deve também garantir a provisão de equipamentos, insumos e a logística inerente ao alcance dos objetos e metas previsto no termo de parceria.

Metodologia

Conforme a metodologia proposta, o projeto atenderá, de forma gradual e moderada, as intervenções urbanas demandadas e manifestadas diretamente ou recebidas de forma voluntária da sociedade civil pela gestão pública municipal. O subsecretário explica que o projeto pretende incluir um conjunto de intervenções artísticas, por meio da promoção das artes urbanas – entendidas como tipificação de arte encontrada nos espaços urbanos, manifestadas e materializadas por meio de intervenções e performances, a partir de espectro diverso de técnicas de intervenção.

Justificativa

De acordo com as justificativas do projeto, a produção da arte na escala da cidade tende a aproximar a arte dos cidadãos, já que tem um papel de linguagem que expande para várias dimensões, como sociocultural e físico-ambiental, e se relaciona com os interlocutores de maneira a comunicar, a emocionar e a estimular o interesse à cultura e às informações acerca dos assuntos que ela aborda, possibilitando uma transformação da cidade em galerias de arte a céu aberto. 

A arte urbana pode reforçar as bases das comunidades, podendo ainda contribuir para a construção de uma imagem de seu passado e projetando uma visão para seu futuro. A estrutura da arte fora dos espaços construídos, como museus e galerias de artes, possibilita uma maior acessibilidade e alcance popular, porém sujeita-se à condição de ser efêmera e mutável, já que é suscetível a interferências da população, à degradação devido às intempéries ou modificações do imóvel. 

Movimento artístico

A Intervenção Urbana é o termo utilizado para designar os movimentos artísticos relacionados às intervenções visuais realizadas em espaços públicos. Já foi um movimento não reconhecido, mas foi ganhando forma com o decorrer dos tempos e se estruturando. No cenário brasileiro, no final de 1970, ela surgiu como forma de expressão artística que fosse além dos muros dos museus, galerias ou de outra forma tradicional de exposição. Muitos artistas acreditavam que essas instituições restringiam o acesso à arte para pessoas que não estavam diretamente ligadas a ela. No final da década de 1990, ela ganha força com a atuação de coletivos artísticos realizadas em diferentes espaços. Existem intervenções urbanas de vários portes, utilizando-se de diversas técnicas e possibilidades, desde pequenas inserções através de adesivos (stickers) até grandes instalações artísticas. 

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