Por Gabriel Ferreira Borges – OTEMPO.COM | Publicado em 05 de fevereiro de 2025 | 10:37
Os deputados estaduais do PL orientaram o recém-empossado Lincoln Drumond a manter-se afastado das articulações para a formação de uma bancada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A estratégia visava proteger o suplente de possíveis retaliações por parte do governo Romeu Zema (Novo). Lincoln, junto com Antonio Carlos Arantes, foi um dos dois parlamentares que não apoiaram a movimentação para deixar a base governista.
Ex-vereador de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, Lincoln ocupa a cadeira na ALMG como suplente da secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Alê Portela (PL), atualmente licenciada. Temendo que um posicionamento favorável à articulação pudesse comprometer sua relação com o Palácio Tiradentes, os colegas de partido preferiram preservar o novo deputado. Como ele não detém o controle do mandato, qualquer atrito com o governo Zema poderia prejudicar sua carreira, especialmente tendo em vista as eleições de 2026, onde Lincoln, apadrinhado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL), tentará sua reeleição.
Nos bastidores da ALMG, circulava a especulação de que Alê Portela poderia retornar temporariamente ao mandato caso o voto de Lincoln fosse decisivo para a saída da base de apoio de Zema. No entanto, tal necessidade não se concretizou, já que nove dos 11 parlamentares do PL se posicionaram ao lado de Bruno Engler, confirmando a criação da bancada.
Lincoln Drumond foi empossado na última segunda-feira, 3 de fevereiro, após Amanda Teixeira Dias, que ocupava a suplência de Alê, assumir o mandato em definitivo após a renúncia do ex-deputado Coronel Sandro (PL), que agora é prefeito de Governador Valadares.