Só aqui notícias

Prefeito de Fabriciano Dr. Marcus Bizarro responde por tentativa de duplo homicídio 

O presidente da AMM, Marcos Vinicius Bizarro (sem partido) — Foto: Rodney Costa/O TEMPO

O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vinícius Bizarro (sem partido), está programado para prestar esclarecimentos à Justiça em uma audiência de instrução marcada para 12 de fevereiro de 2024, às 14h. A nova data foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) nesta segunda-feira, após o adiamento da audiência inicialmente programada para 1º de novembro de 2022.

Bizarro se tornou réu por tentativa de homicídio triplamente qualificado em junho de 2019. A denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) alega que o incidente ocorreu em setembro de 2016, durante a campanha eleitoral para a Prefeitura de Coronel Fabriciano. Na ocasião, o então candidato e seu assessor teriam atropelado intencionalmente um motociclista e seu carona.

Conforme a denúncia, as vítimas estavam distribuindo panfletos eleitorais com denúncias apócrifas contra Bizarro. Ao tomar conhecimento disso, Bizarro, dirigindo seu veículo Honda CR-V acompanhado de seu assessor Geraldo, saiu em busca dos responsáveis. Localizaram as vítimas em um cruzamento no bairro Santo Eloy.

O candidato teria parado o carro, simulando dar preferência à motocicleta. Neste momento, Geraldo teria instigado Bizarro a agir agressivamente, e Bizarro acelerou o veículo de maneira violenta, mirando e atingindo a motocicleta e as vítimas, arrastando-as até um muro. Após o incidente, Bizarro teria descido do carro para ofender as vítimas caídas e aguardando socorro.

Segundo o MPMG, as vítimas sobreviveram porque os agressores não atingiram órgãos vitais e receberam socorro rápido. No entanto, uma das vítimas teve perda funcional de 20% na perna esquerda, e a outra teve debilidade na perna direita, com perda funcional de 40%, resultando em lesões permanentes.

O MPMG classifica a tentativa de homicídio como triplamente qualificada por motivo fútil, emprego de meio cruel e traição/dissimulação. Segundo o Código Penal, a pena para homicídio qualificado varia de 12 a 30 anos de prisão, enquanto em caso de tentativa, a pena pode ser reduzida para um ou dois terços do período.

O adiamento da audiência de instrução, responsável pela produção de provas através de depoimentos de testemunhas, não teve a razão especificada pelo TJMG. Até o fechamento desta edição, o prefeito Bizarro não havia se manifestado sobre o assunto.

Fonte: otempo.com

Compartilhar

Divulgue seu negócio conosco